Nunca pensei em envelhecer! É claro que, consciente ou inconscientemente, sabia que isso ia acontecer um dia. Mas esse dia estava bem longe! Talvez porque a imagem de uma pessoa velha, para mim, era bem diferente do que se vê hoje em dia.
Velhos, aposentados ou não, eram pessoas que não estavam em atividade, que estavam sempre sentadas, jogando, tricotando ou assistindo a TV. Não iam à academia, não nadavam, não entravam na Internet. Não usavam agasalhos esportivos ou tênis. Teatro, cinema, um chopinho com amigos, nem pensar!
Há algum tempo, quando fui ao cinema com meu neto, ele me mostrou todo orgulhoso:
__ Vó, você já pode pagar meia entrada! Que irado!
Eu, meio desconfiada, meio embaraçada, confirmei com a moça da bilheteria. Era verdade!
Comecei a perceber, então, todas as vantagens que a idade nos trazia agora; ciência e tecnologia eram responsáveis por uma vida mais longa e de melhor qualidade. A princípio, não consegui usar todos os benefícios; ficava meio sem graça, pois todos olhavam atravessado quando passava na frente em aeroportos, bancos e cinemas. Lembrava, também, de como ficava irritada, quando estava quase chegando a minha vez e uma pessoa mais velha se aproximava e passava na minha frente!
Depois de algum tempo, resolvi que era meu direito legítimo, e comecei o treino. Sim, era um treino, pois não conseguia ainda me comportar com naturalidade. Chegava como quem não quer nada, sem olhar diretamente para ninguém. Com o passar do tempo, realizei que já estava agindo naturalmente!
Hoje, não sinto a menor vergonha. Assumi a idade e com ela, tudo a que tenho direito! Afinal de contas, já trabalhei muito, já dei a minha contribuição e agora é aproveitar enquanto é tempo! Só posso ter orgulho de ter sobrevivido até aqui, com saúde e disposição, com objetivos e sonhos que estão sendo retomados a cada oportunidade. Sou uma feliz “envelhecente”!
Velhos, aposentados ou não, eram pessoas que não estavam em atividade, que estavam sempre sentadas, jogando, tricotando ou assistindo a TV. Não iam à academia, não nadavam, não entravam na Internet. Não usavam agasalhos esportivos ou tênis. Teatro, cinema, um chopinho com amigos, nem pensar!
Há algum tempo, quando fui ao cinema com meu neto, ele me mostrou todo orgulhoso:
__ Vó, você já pode pagar meia entrada! Que irado!
Eu, meio desconfiada, meio embaraçada, confirmei com a moça da bilheteria. Era verdade!
Comecei a perceber, então, todas as vantagens que a idade nos trazia agora; ciência e tecnologia eram responsáveis por uma vida mais longa e de melhor qualidade. A princípio, não consegui usar todos os benefícios; ficava meio sem graça, pois todos olhavam atravessado quando passava na frente em aeroportos, bancos e cinemas. Lembrava, também, de como ficava irritada, quando estava quase chegando a minha vez e uma pessoa mais velha se aproximava e passava na minha frente!
Depois de algum tempo, resolvi que era meu direito legítimo, e comecei o treino. Sim, era um treino, pois não conseguia ainda me comportar com naturalidade. Chegava como quem não quer nada, sem olhar diretamente para ninguém. Com o passar do tempo, realizei que já estava agindo naturalmente!
Hoje, não sinto a menor vergonha. Assumi a idade e com ela, tudo a que tenho direito! Afinal de contas, já trabalhei muito, já dei a minha contribuição e agora é aproveitar enquanto é tempo! Só posso ter orgulho de ter sobrevivido até aqui, com saúde e disposição, com objetivos e sonhos que estão sendo retomados a cada oportunidade. Sou uma feliz “envelhecente”!
Adorei o texto. Adorei. Adorei. A frase final é incrível.
ResponderExcluirBjos, Ana
Ótimo texto. Ser feliz é saber aproveitar todas as fases da vida.
ResponderExcluirBeijos,
Doraci