Será que ela intuiu
a palavra que faltava?
Sei que certamente viu
quão nervoso eu estava.
Por bem mais que toda a vida,
esperar foi meu viver.
Foi de fato minha sina
e me fez sobreviver.
Esperaria bem mais,
uns cinquenta anos mais
não fosse tão curta vida.
Mas sei que ficou contente
ao me ver, sorridente,
perceber a palavra falta.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Para Belinha
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domingo, 23 de agosto de 2009
Confissão
Segundo Freud, a palavra cura, e é ela que nos faz humanos. É por isso que escrevo. Através da palavra, consigo me distanciar do que estou vivenciando e isso me torna capaz de dimensionar meus sentimentos.
Ouvi dizer que escrever pode resultar até em desdobramentos psicossomáticos, como por exemplo, o fortalecimento do sistema imunológico. De fato, sinto que me equilibro e me harmonizo através da escrita. E o registro do que estou sentindo é responsável pela organização interna do meu caos.
Esse contato comigo mesma não deixa de ser um desabafo. É também um processo difícil, pois “quem tenta, sabe. Perigo de mexer no que está oculto – e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar,” diz Clarice Lispector.
Depois de escrever, no entanto, percebo que meus pensamentos e sentimentos ficam mais leves. Com a viuvez, fiquei com as emoções à flor da pele; porém, quando escrevo não sinto necessidade de ficar extravasando toda hora. É como se fosse descarregando meus sentimentos aos poucos. Não deixa de ser um caminho de autoconhecimento, de conquista de bem-estar, qualidade de vida e saúde, pode acreditar!
Tolstoi disse que “o segredo da felicidade não é fazer sempre o que se quer, mas querer sempre o que se faz.” E agora só quereria ser o que tivesse sido e não fui. Por isso, quero escrever sempre e cada vez mais!
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Opostos
Alegria, alegria.
Tua rima não é poesia.
Alegria, alegria.
Minha alma quer cantar,
quer também dançar.
Alegria, alegria.
sou capaz de percebê-la,
mas não tenho versos para descrevê-la.
Saudade, melancolia.
Essas rimam com poesia.
Saudade. melancolia.
Não quero cantar nem dançar,
mas, com certeza, me transformar.
Saudade, melancolia.
Nos versos, os sentimentos e sua energia,
vestidos de pura poesia.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Canto em tom maior
Meu canto inicial era visceral.
Brotava de um canto escuro da minha mente,
escuro e triste.
Era um canto desafinado, sem ritmo,
harmonia pesada e complexa.
Um canto que estava engasgado,
que precisava se fazer presente,
gritar, colocar para fora
toda aquela melancolia e solidão.
Em tom menor!
Meu canto não me encantava,
nem a ninguém, suponho.
Meu canto cansado que se cale!
Meu canto vem se modulando,
mostrando uma harmonia leve e simples.
Vem se afinando aos poucos.
Parece que flui com um ritmo suave.
Quero meu canto soante, cantante
eue me encante e a quem o ouça.
Em tom maior!
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quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Escrever é
Escrever é apaziguar o caos.
Escrever é eternizar o caos.
Escrever é idealizar o caos.
Escrever é organizar o caos.
Escrever é usufruir o caos.
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terça-feira, 4 de agosto de 2009
Sentir é
Sentir é antever a emoção.
Sentir é expressar a emoção.
Sentir é interagir com a emoção.
Sentir é ocasionar a emoção.
Sentir é ultimar a emoção.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Pensar é
Pensar é agasalhar as idéias.
Pensar é elevar as idéias.
Pensar é imitar as idéias.
Pensar é otimizar as idéias.
Pensar é ungir as idéias.
sábado, 1 de agosto de 2009
Ler é
Ler é abraçar as palavras.
Ler é envolver-se com as palavras.
Ler é internalizar as palavras.
Ler é oxigenar as palavras.
Ler é ultrapassar as palavras.
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