O olhar que compreende
e não o que recrimina.
O ouvido que escuta
e não o que ignora.
A mão que acaricia
e não a que bate.
O braço que apóia
e não o que empurra.
O ombro que consola
e não o que despreza.
O corpo que acolhe
e não o que repudia.
A palavra que incentiva
e não a que fere.
O ouvido que escuta
e não o que ignora.
A mão que acaricia
e não a que bate.
O braço que apóia
e não o que empurra.
O ombro que consola
e não o que despreza.
O corpo que acolhe
e não o que repudia.
A palavra que incentiva
e não a que fere.
Daisy
ResponderExcluirTenho acompanhado sua produção literária e percebo um amadurecimento nos seus textos. De início chamava muito a minha atenção essas revelações amorosas do casal que você e seu amado constituíram e cuja vivência está sempre permeando e impregnando seus escritos. Esse amor encarnado, substrato de uma vida pode ser fonte como também prisão de nossas criações. Como sua leitora eu ficava muito presa no relato do seu sofrimento, parecia que só emergiria a dor do luto, que seria um diário do mapeamento dessa dor, que seu convite era para fazermos um vínculo com esse sangrar ininterrupto, impossibilitando até a interlocução daqueles que não tão distantes, mas também não tão próximos desse testemunho pudessem participar. Hoje porém sinto que os textos estão mais independentes,vão beber da mesma farta fonte amorosa da sua vivência, mas saem do forno com o distanciamento necessário e suficiente para que todos possam se apropriar daquilo que revelam e continuar se emocionando com tanta riqueza poética.
Márcia Veltri
Que essa viagem renda novos e maravilhosos textos.
ResponderExcluirBeijo, Ana