Olho para dentro de mim e,
amedrontada, me enxergo através de meus olhos.
Ouço os sons que emito e,
surpreendida, me escuto através de meus ouvidos.
Falo tão somente o que penso e,
admirada, me entendo através de minhas palavras.
Escrevo apenas o que sinto e,
maravilhada, me descubro através de minha escrita;
fala, sons e visões povoam minha mente fervilhante.
Ouço os sons que emito e,
surpreendida, me escuto através de meus ouvidos.
Falo tão somente o que penso e,
admirada, me entendo através de minhas palavras.
Escrevo apenas o que sinto e,
maravilhada, me descubro através de minha escrita;
fala, sons e visões povoam minha mente fervilhante.
Encontro-me comigo mesma,
com o meu eu mais puro.
É o encontro não marcado, mas inacabado,
não doloroso, mas prazeroso,
não destrutivo, mas produtivo.
É o encontro inicial e essencial
do meu “eu ser” com o meu “eu viver”.
Viver para escrever,
coragem para escrever,
escrever para valer,
escrever para não morrer!
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Texto originalmente publicado na internet em 07.12.2008 em http://margaridasaovento.blog.terra.com.br
Comentário por Luciana — 8 de dezembro de 2008 @ 7:50
ResponderExcluirÉ isto aí… É tão bom a gente se descobrir, e você realmente se descobriu uma escritora nata, é claro que teve a quem puxar… meu avô querido…A tua escrita realmente emociona, continue assim, adoro ler teus textos diariamente… Amo muito você
Comentário por Ruth — 2 de janeiro de 2009 @ 18:26
ResponderExcluirEncontro universal, bem escrito e bem estruturado. Forte e delicado. Obrigada pelo momento que vivi ao ler seu poema. Parabéns, Daisy.